"Com uma obra imensa, intensa, densa, tanto em poesia como em prosa, Drummond eleva sua criação a patamares de altíssima qualidade, recria em si mesmo uma investigação sucinta sobre a realidade humana, dialoga com seus fantasmas num misto de pessimismo e solidão ante o cru cotidiano a que estamos envolvidos desde a concepção do mundo, retrata no tempo a ancestralidade viva de seus mortos com bastante precisão. São inúmeros os textos críticos sobre sua obra, diversas análises literárias foram criadas tentando explicar, explanar, esmiuçar a força de uma poesia sempre atenta aos segredos e degredos humanos. Nomes como Antônio Cândido, Antônio Houass, José Guilherme Merquior, Afonso Romano de Sant’anna, Silviano Santiago e tantos outros, inclusive críticos estrangeiros, como o mexicano Rodolfo Mata e o búlgaro Stoyanov, Professor de Literatura e Cultura do Brasil na Universidade de Sófia, em seus textos críticos apenas confirmam a grandiosidade do vate itabirano que até o final da vida remoeu sua alma buscando explicações para o porquê de tudo, desconfiando, desconfiado, abrindo-se e fechando-se para a comunhão dos desesperos do mundo, expandindo-se em versos que ficarão, para sempre, gravados na memória da alma da língua portuguesa."
Aroldo Ferreira Leão (crítico)
Nenhum comentário:
Postar um comentário